Orgânico? Mas o que isso quer dizer?

Nem sempre fica claro para os consumidores o que de fato diferencia um alimento orgânico de um não orgânico, afinal, por fora, eles são muito parecidos. Mas, e por dentro? Será que seus nutrientes são os mesmos dos alimentos produzidos na agricultura convencional? E, falando em agricultura, como todo o processo de produção orgânica se diferencia da produção não orgânica?

Alimentos orgânicos são produzidos sempre com a preocupação de preservar o meio ambiente, não destruindo os recursos naturais e valorizando a diversidade de espécies animais e vegetais. Além disso, todos os produtores orgânicos possuem condições dignas de trabalho, tendo seus direitos trabalhistas respeitados.

Mas, na prática, o que isso quer dizer? Para entender um pouco melhor, veja alguns pontos que listamos a seguir:

Recursos naturais

A produção orgânica leva em conta o uso responsável do solo, da água e do ar, reduzindo ao mínimo as formas de contaminação desses elementos. Por exemplo: toma-se muito cuidado para não destruir nem desgastar o solo. Ele é protegido ou recuperado para continuar sempre fértil. A mata ciliar é preservada ou recuperada para proteger córregos e nascentes e as queimadas são proibidas. A reciclagem de resíduos de origem orgânica através de compostagem e a redução do uso de recursos não renováveis também são importantes. Ou seja, otimizam-se sempre os recursos naturais!

Biodiversidade

Aliada à preservação dos recursos naturais, a valorização da biodiversidade local também é aplicada no dia a dia. Com isso, respeita-se a vida de todos os animais, plantas e microorganismos, reconhecendo que, para haver um equilíbrio ambiental, é necessário existir riqueza e variedade no mundo natural. Nenhuma semente usada na produção orgânica é transgênica, ou seja, não são OGM (Organismo Geneticamente Modificado).

Insumos artificiais

No cultivo orgânico, é proibido o uso de adubos químicos, agrotóxicos, fertilizantes sintéticos, drogas veterinárias, hormônios e antibióticos. Ou seja, não existe uso de substâncias que coloquem em risco a saúde humana e o meio ambiente. No lugar de venenos, são utilizados bioinsumos como a biomassa transformada por microrganismos decompositores em alimento para o solo, manejo do mato, rotação de cultivos e o plantio de espécies de plantas que afastam as pragas. Dessa maneira, produtos tóxicos não entram no organismo dos produtores e nem dos consumidores.

Para ficar ainda mais fácil de entender, veja abaixo um resumo das principais diferenças entre a produção orgânica e a convencional:

 

PRODUÇÃO ORGÂNICA PRODUÇÃO NÃO ORGÂNICA
Prioriza a qualidade dos produtos e a biodiversidade. Prioriza a quantidade produzida e desconsidera a biodiversidade.
Aduba adequadamente a planta para que resista a pragas e doenças. Aplica inseticidas, alguns sistêmicos, que matam os insetos, podendo criar pragas resistentes.
Combate os fungos com produtos naturais, como chá de plantas, cobre e cal. Usa fungicidas químicos para combater os fungos, também aplicados em produtos recém-colhidos.
Usa técnicas manuais de combate ao mato, como enxada e lança chamas, deixando parte do mato crescer para maior biodiversidade. Usa herbicidas químicos para controlar o desenvolvimento do mato (chamado de “erva daninha”) afetando a biodiversidade.
Usa adubo orgânico.  Usa adubo químico.
Vê o conjunto da vida: solo – nutrientes – plantas – clima: maneja causas. Vê cada micro-organismo e inseto separadamente: combate sintomas.
Favorece  a manutenção e o desenvolvimento de microrganismos garantindo a saúde do solo. Empobrece o solo, eliminando parte dos microrganismos.
Obtém alimentos saudáveis com mais vitalidade. Obtém alimentos com agrotóxicos e menos vitalidade.

Dentre esses e outros motivos, A Boa Terra escolheu produzir orgânicos desde 1981, entregando alimentos de sabor autêntico, isentos de agrotóxicos e adubos químicos e cheios de saúde, levando benefícios para quem consome, para quem cultiva e para a natureza.